O processo de trabalho no serviço social : uma relação possível?
RESUMO
Neste artigo promove-se uma discussão sobre a polêmica que permeia o papel do serviço social como categoria de trabalho, este tema torna-se um debate constante no meio acadêmico criando divisórias nas opiniões que se divergem nos que acreditam que o serviço social é trabalho e os que defendem terminantemente que a categoria não se enquadra nessa definição, portanto não possui processos de trabalho. Entre os diversos argumentos se destacam: os objetivos da profissão, a instrumentalidade, o posicionamento como trabalho produtivo ou improdutivo, a questão da constituição do serviço social como uma especialização do trabalho coletivo, a categoria trabalho aplicada ao serviço social. Autores como Marilda Iamamoto, José Paulo Netto, Sérgio Lessa,Suzana Albornoz, são exemplares nestas discussões, se juntando a diversos outros teóricos do serviço social.Iniciando da hipótese de que o serviço social é trabalho, procuraremos fundamentar essa afirmação,discutindo os processos de trabalho no serviço social.Nesse contexto o serviço social é apontado como uma profissão interventiva pautando elementos de constituição no processo de trabalho e na mediação entre eles para orientar esse tipo de intervenção profissional.
Palavras-Chave: Trabalho;Serviço Social,Processo de Trabalho
INTRODUÇÃO
O trabalho estará sempre ligado as competências do Serviço Social, o presente artigo busca fundamentar a relação do processo de trabalho com o Serviço Social ou seja , afirmar que o Serviço Social é trabalho.
A partir de uma discussão sobre as reflexões referentes a este tema, veremos duas vertentes, uma que acredita que o serviço social é trabalho e outra que defende que não, e que, portanto não possui processos de trabalho, não existindo assim relação entre eles. Ambas as vertentes são baseadas nas teorias Marxistas que definem o trabalho