O processo de proletarização dos trabalhadores em educação
O Estado que representa segmentos de uma burguesia que monopoliza os serviços, ao longo do capitalismo vem transformando seus funcionários da educação em verdadeiros proletários, trabalhadores desqualificados, numa fragmentação do processo de ensino. Os professores enfrentam diariamente longas jornadas de trabalho, falta de estrutura nas escolas, baixos salários entre outros fatores que desqualificam completamente o profissional da educação, tornando-o um ser alienado, desmotivado, sem criatividade, ou seja, o professor que era detentor da práxis vai ser tornando um mero reprodutor de conteúdo. Condições essas que aproximam o professor do trabalhador operário, já acostumado a viver nessa perspectiva, mas aproximam-se também a partir do momento que o docente se organiza em movimentos para lutar pelos seus direitos. Cada vez mais aumentam os sindicatos com caráter autônomo e reivindicativo, que deflagram as grandes greves no setor da educação, surgindo assim uma nova categoria, que são os trabalhadores da educação.
Nesse processo encontram-se duas vertentes, a primeira é a dos professores que de certa forma sofreram uma queda no nível social, ou seja, são integrantes de classe média que ao adentrarem no mundo da docência perderam um pouco do seu status perante a sociedade. A segunda vertente é composta de professores que melhoraram de nível social através da docência, que eram oriundos de camadas mais populares, e que foram frutos do processo de massificação escolar nas ultimas décadas e que vem aumentando junto com a desqualificação profissional. Segundo Abramo, é essa segunda camada que se mostrado conservadora e contrária à grandes mudanças e transformações na educação e na sociedade, pois como acenderam socialmente e se acomodaram por perceber essa progressão de valores, apesar de não avançar profissionalmente. Já os da primeira vertente de origem burguesa, tentam resistir a essa