O processo de design
Critérios não utilitários para a avaliação de um objecto.
Valores individuais e sociais atribuídos a um objecto.
Através dos bens que as pessoas escolhem pode-se construir um conjunto de significados que traduz a parte visível da sua cultura. Deste modo, podemos interpretar o modo de vida de sociedades anteriores, através dos objectos que por elas eram usados; e também, desta forma, podemos comparar modos de vida actuais, através dos objectos usados contemporaneamente.
Através dos objectos, podemos considerar aspectos através dos quais retiramos determinadas informações sobre o seu utilizador ou possuidor e sobre a sociedade a que pertenciam ou pertencem. Sobre as informações retiradas de um dado objecto podemos aferir aspectos tais como:
-a função a que se destinava/destina;
-o avanço tecnológico e os processos de produção;
-as atitudes face ao trabalho;
-os recursos;
-o tipo de sociedade (rica ou pobre, culta ou ignorante, imaginativa ou trivial, hierárquica ou democrática, etc.);
-os valores simbólicos que veicula;
-as preocupações ambientais;
-o desenvolvimento socioeconómico;
-as preocupações com o bem-estar físico e psicológico;
-as atitudes face ao lazer;
-os valores não utilitários do seu possuidor, ou da sociedade a que pertence (os julgamentos de valor dizem o que as coisas valem por relação a um sujeito consciente: o valor de uma coisa será o valor dos efeitos que ela produz no sujeito (os julgamentos de valor têm, portanto, um cariz subjectivo-emocional).
Os aspectos não utilitários são os valores e os significados que o individuo ou a sociedade atribui aos objectos.
Os aspectos não utilitários não interferem no funcionamento do objecto, antes servem, na maioria das vezes, a criação de necessidades artificiais e, desta forma, provocar o impulso e desejo de consumo no indivíduo.
Dos aspectos não utilitários podemos considerar o seguinte:
-aparência ou sensação de