O primeiro ano de vida
Através de experimentos e observações, o autor René Spitz mostra que no primeiro ano de vida o bebê passa por uma adaptação. Suas primeiras percepções surgem como uma função de necessidade e consequentemente é importante no desenvolvimento adaptativo.
Os primeiros contatos do bebê são feitos com sua mãe ou com outra pessoa que a substitua, e as formas de comunicação na díade mãe-filho modelam a psique da criança. A presença da mãe, sua própria existência provoca reações no bebê e vice-versa.
Um dos fatores mais influentes para a criança é a personalidade da mãe, porém, fatores ambientais também são influenciáveis.
Várias maneiras de adaptações surgem desde o nascimento do bebê. No segundo mês de vida o rosto humano torna-se privilegiado e preferido aos olhos do bebê que é onde ele investe sua atenção completa, aos três meses surge o sorriso em resposta ao estímulo do rosto humano. Nesses primeiros meses o bebê inicia sua manifestação de afetos de prazer, onde dá início á sua relação humana.
No quarto mês o bebê já expressa desprazer quando sua mãe, ou figura representativa, a deixa.
Mais ou menos nos oito meses quando o bebê gera uma independência do meio exterior surge a “angustia do oitavo mês”.
O prazer e o desprazer têm papéis importantes na formação do sistema psíquico e da personalidade do bebê.
O capítulo I e II do livro “O primeiro ano de vida” relata as transições ocorridas nos bebês desde seus primeiros momentos de vida, e, também mostra o quanto sua mãe ou figura substituta têm influência na sua psique e personalidade.