O precursor do objeto
CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA DESENVOLVIMENTO I
O PRECURSOR DO OBJETO
2º período, turma B, diurno
Curitiba
2014
A REAÇÃO DE SORRISO
No início do segundo mês de vida do bebê, ele é capaz de isolar a face humana, distingui-la do plano de fundo. O bebê investe nela toda sua atenção.
O progresso da maturação física e do desenvolvimento psicológico do bebê permite-lhe coordenar pelo menos uma parte de seu equipamento somático e usá-lo para a expressão de uma experiência psicológica, ele agora responderá a face adulta com um sorriso. Este sorriso é a primeira manifestação comportamental, ativa, dirigida e intencional.
A partir do terceiro mês de vida, o bebê responde a face do adulto sorrindo, se tiverem tais condições: a face deve se apresentar de frente, de maneira que o bebê possa ver os dois olhos, e a face deve mover-se.
Pesquisas mostraram que 98% dos bebês sorriem durante este período (nascimento até 12 meses de idade) em reação à face de qualquer indivíduo, amigo ou estranho, independente de sexo ou cor.
RESULTADOS EXPERIMENTAIS Estabeleceu-se que a reação de sorriso do bebê, no terceiro mês de vida, seu reconhecimento da face humana, não indicam uma verdadeira relação objetal. Realmente, nesta reação, o bebê de três meses não percebe um parceiro humano, nem uma pessoa, nem um objeto libidinal, mas apenas um sinal. Não é a totalidade da face humana, que constitui o sinal, mas ao invés disto, uma gestalt privilegiada que existe nela. Esta gestalt privilegiada consiste na testa, olhos e nariz, o todo em movimento. Não apenas a mãe do bebê, mas qualquer pessoa neste estágio pode provocar a reação de sorriso se preencher as condições exigidas pelas gestalt privilegiada. Para a psicanálise o sinal gestáltico não é um verdadeiro objeto, mas sim um pré-objeto. O que o bebê reconhece neste sinal gestáltico não são as qualidades essenciais do objeto libidinal, nem os