O Populismo
Em seu artigo, “O Populismo e as ciências sociais no Brasil – notas sobre a trajetória de um conceito”, escrito em 1996, Ângela de Castro Gomes, tem por temática, abordar a trajetória historiográfica do conceito “Populismo” na produção acadêmica da historia e das ciências sociais, do período de 1950 á 1996 (data que a autora escreve). A autora parte da problemática de identificar e esboçar as principais propostas elaboradas para tratar do tema Populismo, buscando registrar a importância de autores e de um pensamento político que percorre um longo período, tendo influências na montagem da reflexão que se estrutura e dissemina a partir de meados dos anos 60.
A autora utiliza como fontes, artigos, revistas, teses, livros, buscando criar uma interpretação sobre seu presente. Seu aporte teórico gira em torno de autores como, Hélio Jaguaribe, Marilena Chauí, Décio de Azevedo Saes e principalmente, Francisco Weffort e Regis de Castro Andrade, os quais, traçam alguns pontos essenciais para se entender o populismo no Brasil.
Segundo Gomes, o populismo é um conceito polemico, com um dos mais elevados graus de compartilhamento, tanto nos meios acadêmicos, assim como, na cultura politica nacional (politica popular).
A partir da década de 50 as formulações sobre o populismo ganharam espaço, impondo á historia e as ciências sociais um campo de reflexão significativo, cujos autores, buscavam entender o contexto, o qual, eles estavam inseridos. Um grupo de intelectuais, que posteriormente ficou conhecido como “Grupo Itatiaia”, se reunia visando discutir os problemas políticos, econômicos e sociais relacionados ao desenvolvimento do BR, em 1953, estes, criam o Instituto Brasileiro de Economia, Sociologia e Politica, e começam a publicar os “Cadernos do nosso tempo”, considerada o berço da ideologia nacional desenvolvimentista, que tinha por objetivo imediato formular