O poder de mudar o curriculo escolar
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De forma explícita ou não, os professores individualmente ou com grupo, desenvolvem planos de curso para suas disciplinas ou turmas, definindo que assuntos pretendem tratar, em que seqüência com que ritmo, podendo também especificar para si mesmos, para seus alunos ou para a direção escolar, de quais métodos e materiais didáticos farão uso e como será feita a avaliação. No entanto, o planejamento do trabalho de cada professor ou do ensino de cada disciplina é um detalhamento ou uma etapa posterior a rim raramente explicitado Projeto Pedagógico. Pois precisamente disso que se trata, de se conceber e de se concretizar uma escola capaz de enfrentar com coragem transformadora o mundo que hoje a oprime, capaz de receber crianças, jovens e professores, nas condições com que de fato chegam, e de desenvolver com eles um trabalho eficaz e solidário, de construção coletiva de uma realidade nova. Essa escola promoverá respeito com apreço pelas diferenças, sem se acovardar diante do preconceito; desenvolverá sensibilidade estética e valores éticos, sem se intimidar com a brutalidade; construirá inteligências, expandirá consciências difundirá culturas, sem se conformar com a exploração da ignorância. Essa coragem, inicialmente fundada na esperança, vai se tornar ação como vai produzir relações novas no trabalho de cada unidade escolar como coletivo vivo, Isso que parece lima revolução, e de fato é, pode acontecer em cada escola a despeito das dificuldades c resistências. A partir de nossa resistência ou incapacidade para a mudança, concluiríamos, enfim, que para descobrir o que já sabemos, não faria sentido fazer diagnósticos, pois não nos faltaria conhecimento da realidade, mas sim condições para mudá-la. Outra resistência se manifesta na convicção de que a mudança é impossível, porque seria ilusório mudar a escola, que é só parte de uma realidade maior, que envolve o desprezo geral pela cultura, trocada pelo culto ao consumo, o embrutecimento espiritual