O papel do livro didático
Introdução
Diante dos avanços tecnológicos e científicos, em vários campos do conhecimento humano e a configuração social que assume as sociedades contemporâneas (GALBRITH, 1982; TOFFLER, 1980; TAVARES, 1993), a necessidade do livro didático (LD) é indiscutível, constituindo-se ainda no principal instrumento de direcionamento de professores e alunos em suas atividades em sala de aula. Neste sentido, Freitag (1989) ressalva que professores e alunos acabam tornando-se escravo do LD. Ao invés de o utilizarem como instrumento de contribuição para o desenvolvimento da autonomia, do senso crítico e da contra-ideologia, acabam tornando-o roteiro principal, ou exclusivo, do processo de ensino-aprendizagem. Neste sentido conduzimos nossa reflexão para o campo de formação de professores, defendendo que o mais importante, quando se reflete sobre o emprego do LD, e a capacidade crítica que estes professores desenvolvem, ou não, para que não se transformem em meros seguidores das orientações contidas nestes materiais didáticos. Pretendemos analisar o papel do LD na formação do professor, seus limites e avanços para conduzir um trabalho através do LD na escola de forma que o educando se aproprie dos conhecimentos científicos de maneira crítica e contudo que esteja de encontro com sua identidade social e cultural.
O LD: seus limites e avanços no trabalho do docente.
Como foi enfatizado acima, com as características atuais de nossa sociedade, em que a comunicação e os inovadores meios tecnológicos são de fácil acesso, o LD ainda se constitui no principal recurso de direcionamento de professores e alunos em suas práticas pedagógicas e atividades escolares. Os professores utilizam os LD como principal manual de orientação para sua aula e os alunos são orientados para a realização de suas tarefas (exercícios, pesquisas,