O orfão
Acompanhamos um casal que está pensando em adotar uma criança. Eles já têm dois filhos, mas como sofreram um aborto no terceiro, eles querem transferir esse amor para uma outra criança. Ao visitar o orfanato eles decidem adotar Esther. Ela parece adorável, inteligente e tem um grande talento para pintura.
Porém, como o postêr mesmo diz, há algo de errado com Esther. Ela não tem aquela inocência que as crianças costumam ter. Ela parece muito mais madura do que deveria ser pra sua idade. Mesmo para uma criança que ficou prematuramente madura. Ela sabe das coisas. Há uma dose de sabedoria nas coisas que ela fala. E quando ela senta no piano, mesmo tendo feito sua nova "mãe" pensar que não sabia tocar, ela não comete um único erro em uma música complicada de Tchaikovsky.
Por esses e outros motivos, desde sua chegada, ela e Kate (sua nova mãe) não se dão bem. Talvez porque seja fácil demais para Esther implicar com Kate, uma mulher que devido a algumas péssimas escolhas teve vários problemas em sua vida pessoal. A isso junta-se o comportamento condescendente de John, o marido, que justamente por causa dos problemas de sua esposa, prefere acreditar que não há algo errado com Esther.
O que deveria ser o grande gancho do filme é saber o que há com ela, por isso é estranha a decisão do diretor de explicitar (até mesmo no trailer) as maldades da menina. Não há um suspense em saber se ela realmente é uma criança perversa ou se é uma impressão equivocada da mãe com