O olhar imperial e a invenção da áfrica
Departamento de Ciências Humanas - DCH Campus: V
Componente: Geografia da África
Docente:
Discente:
Fichamento
HERNANDEZ, Leila Maria Gonçalves Leite. O olhar imperial e a invenção da África. In: HERNANDEZ, Leila Maria Gonçalves Leite. Á África na sala de aula: visita á história contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2005, cap.1, p.17-44.
“É recorrente nos compêndios que apresentam a idéia de uma história da civilização ocidental o equívoco no tratamento do referencial que diz respeito ao continente africano e as suas gentes “[...] quando surge o racionalismo como método que se desenvolve esse consolida mais tarde, entre a segunda metade do século XVIII e a primeira metade do século XIX, passando a dominar o pensamento ocidental”. Seus efeitos prolongam-se até os nossos dias, deixando fortes marcas nas ciências humanas e, em particular, na antropologia e na historiografia sobre a África (pg. 17, 2005)”.
“Significa dizer que o saber ocidental constrói uma nova consciência planetária constituída por visões de mundo, auto-imagens e estereótipos que compõem um “olhar imperial” sobre o universo. Os estudos sobre esse mundo não ocidental foram, antes de tudo ,instrumentos de política nacional, contribuindo de modo mais ou menos direto para uma rede de interesses político-econômicos que ligavam as grandes empresas comerciais,as missões, as áreas de relações exteriores e o mundo acadêmico (pg.18. 2005)”.
“Os africanos são identificados com designações apresentadas como interentes ás característicos fisiológicos baseados em certa noção de raça negra. Assim sendo, o termo africano ganha um significado preciso: negro,ao qual se atribui um amplo espectro de significações negativas tais como frouxo,fleumático,indolente e incapaz,todos elas convergindo para uma imagem de inferioridade e primitivismo(pg.18, 2005)”.
“Pela ocultação da complexidade e da dinâmica