O olhar cognitivo

“As novas mídias e a (re)construção da liberdade de comunicação” A palestra debateu temas extremamente relevantes nos dias atuais, como as manifestações, as mídias envolvidas na cobertura desses eventos e a atuação de grupos como os black blocs nas reivindicações sociais. A mídia convencional nos passa uma imagem de higienização da cidade, mascarando o seu caráter não democrático e camuflando seus problemas cotidianos. A imprensa não possui nenhum compromisso com a sociedade e trata as informações apenas como as grandes empresas querem que elas sejam tratadas. As grandes emissoras e os principais jornais criam um discurso e o repetem até a que sociedade os tomem como verdade, mesmo que esses sejam equívocos. Diante desse cenário, houve uma crise profunda na indústria da comunicação. Com isso, a mídia ninja foi criada para que os manifestantes e o resto da sociedade tivessem acesso ao que realmente acontece nas ruas e possam criar suas próprias conclusões. Para Thomas Jefferson, uma democracia é caracterizada pelo direito à resistência e à luta e é necessário que todo individuo possa se rebelar. Essa necessidade de revolta foi aumentando durante a violenta repressão do estado e da ação descontrolada da policia. No dia 17 de junho, a classe media branca e os negros criados na favela perceberam que juntos poderiam enfrentar o estado e a policia. Essa foi a principal mudança para que as manifestações ganhassem força e continuassem no cenário político brasileiro. Um grupo, conhecido pela mídia como “mascarados”, ganhou destaque nesse cenário de manifestações que assola a nossa sociedade. Esses são criticados pela mídia convencial por utilizarem violência e por quebrarem patrimônios públicos e privados. Porém, apenas a mídia ninja mostra a realidade sobre a ação desses grupos, que reagem à ação extremamente violenta da policia. Quebrar uma vidraça de um banco, por exemplo, é se libertar das correntes que prendem a