Academicos
Ciências Humanas 2° Período
Disciplina: Cultura e Identidade da Educação
Professor: Emerson Rubens
Fichamento
OLIVEIRA, Roberto Cardoso. O trabalho do antropólogo: Olhar, ouvir, escrever.
“A primeira experiência do pesquisador de campo, está na domesticação teórica do seu olhar”, mas não o olhar do senso comum, um olhar embasado na bagagem teórica do antropólogo, “isso porque a partir do momento em que nos sentimos preparados para a investigação empírica, o objeto, sobre o qual dirigimos nosso olhar, já foi previamente alterado pelo próprio modo de visualizá-lo”. (p. 19).
“A teoria social pré-estrutura o nosso olhar e sofistica a nossa capacidade de observação” (p. 21).
“A obtenção de explicações fornecidas pelos próprios membros da comunidade investigada permitiria obter aquilo que os antropólogos chamam de’ modelo nativo’, matéria-prima para o entendimento antropológico. Tais explicações nativas só poderiam ser obtidas por meio da entrevista, portanto, de um ouvir todo especial. Contudo é preciso saber ouvir” (p. 22).
“O ouvir, como o olhar não podem ser tomados como faculdades totalmente independentes no exercício da investigação” (p. 21), elas complementam-se para amparar o pesquisador.
“Se o olhar e o ouvir podem ser considerados como os atos cognitivos mais preliminares no trabalho de campo (...) é, seguramente, no ato de escrever, portanto, na configuração final deste trabalho, que a questão do conhecimento torna-se tanto ou mais crítica” (p. 25).
A textualização da cultura é algo complexo, “exige o despojo de alguns hábitos de escrever, válidos para diversos gêneros de escrita, mas que para a construção de um discurso disciplinado por aquilo que se poderia chamar de „(meta) teoria social‟ nem sempre parecem adequados. (...) uma vez que colocamos vidas alheias em nossos textos, mas, sobretudo, por este trabalho ser moral, política e epistemologicamente delicado” (p. 26).
“Para se elaborar um bom