O oikos maria florenzano
O oikos era tudo. Onde as pessoas estavam, moravam, trabalhavam, produziam e se relacionavam. E tudo que estava dentro do oikos era oikos: pessoas, utensílios, ferramentas, produção, terra, casas e etc. Nesse período existiam inúmeros oikos e cada um tinha sua vida e ritmo próprio de desenvolvimento.
No comando do oikos estavam os chefes. Guerreiros que detinham o poder político e que formavam com outros chefes-guerreiros de outros oikos, Assembléias deliberativas onde decidiam os destinos das comunidades. A frente das Assembléias deliberativas estava o chefe maior, o Rei, que era escolhido a partir do que sabia, de como guerreava e claro, de quanto de riqueza possuía.
A autora chega fazer uma breve sobre a existência do povo que não foi falado por Homero mas que tinha a função dentro das Assembléias deliberativas de vaiar ou aplaudir as decisões, engraçado não? Por um momento me vi na câmara dos deputados na Cinelândia.
Maria Beatriz Florenzano é muito pontual quando se trata das relações de trabalho. Ela dedica uma boa explicação sobre os escravos, mas afirma que, esses não foram muito falados nos poemas de Homero.
O escravo era a força motora do trabalho produtivo do oikos. E podia-se obtê-lo a partir da pilhagem de guerra ou a própria compra. A quantidade de escravas era maior, e se ocupavam das atividades domésticas dos oikos, enquanto os escravos trabalhavam a terra e a produção. Ambos os trabalhos eram supervisionados pelo chefe e pela senhora do chefe, que podiam igualmente realizá-los, mas nunca por obrigação e sim por vontade.
“o que faz a condição de um homem livre é que ele não vive sob o constrangimento de outrem” (Aristóteles – Retórica, I, 1367 a – 32) citado pela autora.
A autora faz uma relação muito interessante entre escravo e outros homens livres que compuseram aquela sociedade. Um escravo poderia ser “privilegiado” se assim, o chefe o