o nordeste como invenção

880 palavras 4 páginas
Durval Muniz de Albuquerque Júnior nasceu em Campina Grande, Paraíba, em 22 de junho de 1961, possui graduação em Licenciatura Plena em História pela Universidade Estadual da Paraíba, mestrado e doutorado em História pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é colaborador da Universidade Federal de Pernambuco e professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. .
Sua experiência na área de História tem como ênfase Teoria e Filosofia da História, atuando principalmente nos seguintes temas: gênero, nordeste, masculinidade, identidade, cultura, biografia histórica e produção de subjetividade.
Embasando o texto por completo, o autor irá mostrar como no inicio da década de 90, o Nordeste ainda não existia, pois na realidade não se pensava em “Nordeste”, nem muitos menos eram percebidos os “nordestinos”. O que se tinha freqüente em meio à população era o costume de chamar qualquer pessoa ou tradição que vinha de lugares acima do sul e sudeste, de nortista. Aos poucos essa região desconhecida passou a se desenvolver, sendo gerado a partir de: discursos jornalísticos, artísticos, científicos e literários, como também na mídia em geral, sobretudo com os regionalistas da época.
Quem somos nós povo brasileiro? O que nos constitui? O que faz o brasil ser Brasil? Brasileiro é assim mesmo?..., Essas e outras são perguntas que cotidianamente ocupam grande parte dos intelectuais brasileiros, ainda nos dias de hoje
A partir do paradigma naturalista, a importância do meio combinado às características da raça justificava, categoricamente, os porquês do comportamento do brasileiro. A exemplo disso via-se o negro do litoral sendo mais malevolente, o homem do sertão mais sisudo e ríspido, a mulata sensual... E, assim foi-se criando um Brasil de tipos (degenerados) e construindo no discurso sobre a identidade nacional o contorno de alguns estereótipos. São, portanto, prioritariamente estas noções de clima e raça que vão dar singularidade ao país e explicar o

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