RESENHA A INVENÇÃO DO NORDESTE
2591 palavras
11 páginas
MUNIZ, Durval. A Invenção do NordesteIN: Geografia em ruínas. Recife: FJN Editora Massagana São Paulo: Cortez, 1999.Claudevândio Macêdo Sousa1
Historiador,escritor e pesquisador, Durval Munizconsiderado leitor obstinado do filosofo Michel Foucault,entre suas obras de maior destaque estão: A construção da Seca como um problema regional, tese de mestrado e A invenção do Nordeste projeto de pesquisa para tese de doutorado, defendido em 1994.
O livro a Invenção do Nordeste de Durval Muniz de Alburquerque Juniornos mostra logo no seu inicio as formas estereotipadas de um discurso que nos remete a reflexão sobre vozes e imagens como estratégias de estereotipizaçãode dizer o que é o outro em poucas palavras.Historiador, filho de pai nordestino e mãe paulista, vivenciou na sua infância o preconceito de como os sulistas tinham uma visão distorcida em relação ao nordeste. Durval desenvolve um trabalho arqueológico e genealógico de descobrimento da região nordeste, descrevendo suas histórias, estigmas eimagens que perdem sua densidade produtiva da era global. O autor revela que os nordestinos se nordestinizam ao tempo que são nordestinizados, e são caracterizados pela relação de poderonde sedeve suspeitar que fossem cúmplices de nossa própria história,discriminação, opressão e exploração.Fica evidenciado em seu relato que não devemos tomar os discursos como documentos de uma verdade sobre a região, mas como monumentos de sua construção.
A região não pode ser compreendida como uma unidade que possui uma diversidade, mas passa a ser produto de uma operação de homogeneização que se o põe a forças que dominam outros espaçose isso a faz aberta, móvel e atravessada por diferentes relações de poder.
Em seu primeiro capitulo a borda o nascimento de um novo regionalismo com mudanças ocorridas em meados do século XX que vai nortear as formas de representação de espaçosno país. Assistimos de um lado o Centro Sul que passa por uma notável transformação como principal espaço