A invenção do nordeste - resenha crítica
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. Intodução. In.: A invenção do Nordeste e outras artes. 3ª Ed. Recife: FJN, São Paulo: Cortez, 2006, p. 19-37.
Durval Muniz de Albuquerque Júnior nasceu em Campina Grande, Paraíba, em 22 de junho de 1961, possui graduação em Licenciatura Plena em História pela Universidade Estadual da Paraíba, mestrado e doutorado em História pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é colaborador da Universidade Federal de Pernambuco e professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Como também atua na presidência da ANPUH – Associação Nacional de História. Sua experiência na área de História tem como ênfase Teoria e Filosofia da História, atuando principalmente nos seguintes temas: gênero, nordeste, masculinidade, identidade, cultura, biografia histórica e produção de subjetividade.
Embasando o texto por completo, o autor irá mostrar como no inicio da década de 90, o Nordeste ainda não existia, pois na realidade não se pensava em “Nordeste”, nem muitos menos eram percebidos os “nordestinos”. O que se tinha freqüente em meio à população era o costume de chamar qualquer pessoa ou tradição que vinha de lugares acima do sul e sudeste, de nortista. Aos poucos essa região desconhecida passou a se desenvolver, sendo gerado a partir de: discursos jornalísticos, artísticos, científicos e literários, como também na mídia em geral, sobretudo com os regionalistas da época. Ao longo dos anos, foram sendo formados estereótipos, como o autor coloca, para caracterizar e intitular os ditos nordestinos. Cabeça-chata, sertanejo pobre, raquítico, amarelo, miserável, ignorante são apenas alguns dos muitos que podem definir tamanho preconceito, gerando uma visão oposta do homem civilizado e educado da região Sul-Sudeste. O autor escreve: “É, parece que nossa escritora, defensora da ‘Nordestinidad’, Rachel de Queiroz, tem razão: a mídia tem o olho torto quando se trata de mostrar o ‘Nordeste’, pois eles só querem