Resenha - nordestino: uma invenção do falo - uma história do gênero masculino (nordeste 1920/1940).
Natanael Vieira de Souza, Lourenço Ladeia Peruchi, Mayara Laet Moreira[1].
Sob orientação do Prof. Ms. Clementino Nogueira Sousa, UNEMAT (UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATOGROSSO) A presente resenha tem por objetivo fazer uma operação historiográfica a partir da obra de Durval Muniz – Nordestino uma invenção do falo uma história do gênero masculino (Nordeste 1920/1940), problematizando o discurso historiográfico presente na obra de Gilberto Freyre “Ordem e Progresso”, no qual o autor questiona a relação binária presente em sua prática discursiva e os discursos historiográficos feministas sobre a questão de gênero.
O primeiro passo dessa operação é dar visibilidade ao lugar social do discurso (quem fala, de onde fala e pra quem fala?). Durval Muniz de Albuquerque Júnior é Doutor em História Social pela Universidade Estadual de Campinas; Pós-Doutor em Educação pela Universidade de Barcelona, professor adjunto do Departamento de História e Geografia da Universidade Federal de Campina Grande; membro do corpo docente dos Programas de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco, de Sociologia de Campina Grande e Universidade da Paraíba; tem experiência na área de História, com ênfase em Teoria e Filosofia da História, atuando principalmente nos seguintes temas: gênero, nordeste, masculinidade, identidade, cultura, biografia histórica e produção de subjetividade; atual presidente da ANPUH.
Feitas tais considerações sobre o lugar social do discurso, queremos agora demonstrar o movimento do autor nesta obra. O autor estrutura seu trabalho em dois capítulos (A feminização da sociedade e A invenção de um macho), trabalhando com a seguinte problemática: qual o efeito discursivo da modernidade na tradição, na relação de gênero, na vida urbana/campo, na condição masculina e feminina, no