O Neoprodutivismo e suas variantes
Contexto histórico
Na década de 1990, começa a se implantar no Brasil uma nova política econômica: o neoliberalismo. Esta medida foi vista como uma saída para a recessão econômica da década anterior.
Tal política tinha como princípios, a abolição do Estado regulador, deixando a economia a mercê das leis de mercado (oferta e procura). Para isso era preciso dar espaço à iniciativa privada, o que resultou em uma série de privatizações de empresas estatais e na diminuição dos gastos públicos (embora a arrecadação só aumente).
O setor privado, visando a maximizar os lucros, investe em tecnologia e dispensa mão de obra, tornando o mercado de trabalho extremamente competitivo.
É nesse contexto em que as correntes pedagógicas de esquerda perdem sua voz e ganham visibilidade as correntes de direita, como o neoprodutivismo e suas variantes.
1- O Neoprodutivismo
O produtivismo, vigente na década de 1960, preconizava que o capital humano era fundamental para o desenvolvimento econômico da nação e a escola a responsável por capacitar as pessoas para o mercado de trabalho.
Agora, com o neoprodutivismo (década de 1990) é o indivíduo que deve exercer seu poder de escolha para se capacitar e se aprimorar para o trabalho. A educação é vista como um investimento individual em capital humano que habilita o cidadão para os parcos empregos disponíveis. O acesso a diferentes graus de escolaridade e intermináveis cursos profissionalizantes são meios de ampliar as possibilidades de escapar do mundo dos desempregados, dos excluídos; mas não uma garantia, afinal, não há emprego para todos. E caso não consigam a pedagogia do neoprodutivismo terá lhes ensinado a introjetar a responsabilidade por essa condição.
2- Neo-Escolanovismo
Aprender a aprender configura-se como núcleo das ideias pedagógicas escolanovista, no entanto o é eixo do processo educativo é deslocado, passando do lógico para o psicológico, dos conteúdos para os métodos, do professor para o