CONCEPÇÕES E TENDÊNCIAS NO EJA
A escola está inserida numa sociedade historicamente contextualizada; portanto, ela expressa e explicita os interesses das classes dominantes desta sociedade. Neste sentido, as práticas escolares têm em sua essência, pressupostos filosóficos diferentes sobre o mundo, o homem e a sociedade, o que geram diferentes concepções sobre o papel da escola, do ensino, da aprendizagem, do professor, do aluno, da metodologia de ensino, da avaliação e da relação professor-aluno.
De acordo com a aplicação diferenciada destes fundamentos teóricos, pelos estudiosos e por grupos de professores em suas práticas, é no processo ensino-aprendizagem que vão sendo "estabelecidas" e efetivadas as tendências ou modelos pedagógicos educativos.
As concepções tradicionais pautam-se pela centralidade da instrução (formação intelectual) pensavam a escola como uma agência centrada no professor, cuja tarefa é transmitir os conhecimentos acumulados pela humanidade segundo uma gradação lógica, cabendo aos alunos assimilar os conteúdos que lhes são transmitidos. Por sua vez as concepções modernas pautam-se na centralidade do educando, concebem a escola como um espaço aberto à iniciativa dos alunos que, interagindo entre si e com o professor, realizam a própria aprendizagem, construindo seus conhecimentos
Saviani (2007) divide a historia das ideias pedagógicas no Brasil em quatro períodos caracterizando cada um deles:
1º Período (1549-1759): monopólio da vertente religiosa da pedagogia tradicional, subdividido nas seguintes fases; pedagogia brasílica ou período heróico (1549-1599); Ratio Stidiorum (1599-1759).
2º Período (1759-1932): Coexistência entre as vertentes religiosa e leiga da pedagogia tradicional, subdividido nas seguintes fases: A pedagogia pombalina ou as ideias pedagógicas do despotismo esclarecido (1759-1827); Desenvolvimento da pedagogia leiga: ecletismo, liberalismo e positivismo (1827-1932).
3º Período (1932-1969): Predominância