O método intuitivo e lições de coisas no brasil no século xix
Analete Regina Schelbauer
Na segunda metade do século XIX, o método intuitivo, também chamado de lições de coisas, generalizou-se como o mais apropriado à educação das classes populares. Nessa época deu-se destaque à educação popular. Levasseur o reconheceu como o Século da Instrução Primaria, por ter sistematizado e generalizado o ensino inicial, o estado ficou responsável em distribuir entre o povo as primeiras letras, suscitando um vasto movimento em proveito da propagação da educação popular, que culminou com a intervenção do Estado na criação da escola primaria de ensino obrigatório, laica e gratuita e na conseqüente organização dos Sistemas Nacionais de Ensino, em diversos paises, as escolas normais surgiram em grande quantidade, surgindo uma época de profissionalização do magistério e cominou uma ênfase exclusiva à questão dos métodos. Devido à insatisfação em relação ao ensino, surge um extenso movimento de restauração pedagógica, o método intuitivo foi visto como uma ferramenta pedagógica apta a tornar eficiente o ensino escolar. Segundo Buisson, “o ensino intuitivo se constitui como uma das questões de método mais gerais e de maior interesse a todos os graus de ensino primário.”
O método intuitivo não foi aceito por todos os professores, julgavam que as lições de coisas estimulariam uma aprendizagem sem esforços, por meio de simples observação de coisas ou por conversas agradáveis.
Buissom diz que é necessário, apropriar-se do espírito das coisas, ir alem da intuição sensível, era necessário avançar para uma intuição intelectual, aquela que se exerce pelo julgamento sem intermediação dos fenômenos sensíveis e para intuição moral, destinada ao coração e a consciência.
A compreensão em volta das lições de coisas foi outro polêmica causada no interior do debate sobre o método intuitivo. Segundo Buison, as lições de coisas é a primeira forma de intuição, poderiam