“Os jardins de infância no brasil: um longo debate”
Jardins de Infância
No início do século XVII surgiram as primeiras preocupações com a educação das crianças pequenas. Jean Jacques Rousseau concentrou a questão da infância na educação, confirmando a necessidade de não mais apreciar a criança como um homem pequeno, mas que ela vive em um mundo próprio cabendo ao adulto compreendê-la. “A infância, tem maneiras de ver, de pensar, de sentir, que lhes são próprias”. Manoel Olimpo R. da Costa, critica os Jardins de Infância perguntando se trarão de pronto a melhora da educação. Afirma que não, seria preciso que o governo criasse estabelecimentos para recolher crianças. Muitos discordantes se manifestam contra a implantação dos Jardins de Infância, onde o Conselheiro Junqueira impugnou nos seguintes termos: O jardim de infância não tem nada com a instrução, é uma instituição de caridade para meninos desvalidos, que serve para que a mãe ou o pai, sendo minimamente pobres, quando vão para o trabalho, entreguem seus filhos aqueles asilos. Já o Professor Alberto Brandão, afirma que: “os jardins de infância, na Europa e nos países que existem, teve por fim proteger as crianças pobres e dar margem a que a mulher possa auxiliar o homem nas profissões industriais. São pois, instituições de caridade e de economia social.” Em 1883, o Parecer da Comissão sobre o Jardim de Infância, se opõe a essas vozes, e recorre a Célestin Hippeau, que afirma: o jardim de infância é antes de tudo uma escola de educação. Mesmo com vozes contra, o jardim de infância permanecerá por longo tempo restrita a um pequeno contingente de alunos, e somente no final do século XX, o Estado oferecerá esta instituição a todas as crianças de 0 a 7 anos,