Cinco lições de psicanálise
Freud começa se apresentando e contando o motivo de sua palestra, além de ressalvar que não é necessária uma “cultura medica” para acompanhar a sua exposição. De forma modesta declara que qualquer tipo de mérito dado à psicanálise não deve ser dado a ele, uma vez que ele não participou das suas origens.
- PRIMEIRA LIÇÃO (Histeria e Hipnose)
A apresentação começa com um caso do Dr. Breuer (antigo professor de Freud). Era uma jovem de 21 anos, com tudo para ser uma menina super saudável. Porém ela manifestou uma doença que durou mais de 2 anos com uma serie de perturbações físicas e psíquicas um tanto quanto graves: paralisias nas extremidades do lado direito do corpo, perturbações oculares, repugnância pelos alimentos, impossibilidade de beber água, alem de estados de “absence”.
Quando uma pessoa apresenta um quadro desse tipo e não há anomalias nos órgãos vitais mas é sabido que ela tem certa “fraqueza” emocional, chega-se ao diagnostico de HISTERIA, o que não facilita muito as coisas quando comparado a um problema cerebral orgânico, uma vez que podem ser entendidos como transgressores da ciência medica.
Foi aí que o Dr. Breuer fez diferença: não negou simpatia nem atenção à moça, apesar de também não garantir cura. Em um dos seus estados de “absence”, a paciente murmurava palavras e foi através delas que um trabalho mais conciso pode começar: o medico as anotara e repetira para a moça, que se encontrava em um estado hipnótico, com o intuito de fazer com que ela associasse idéias. A partir daí tudo o que ela falava era associado com seu quadro de sintomas. Depois se percebeu que quando o sintoma era exteriorizado energeticamente, ele era curado. Em outras palavras, a partir do momento em que se trazem à consciência os traumas patológicos, eles podem ser automaticamente superados.
Estudos foram desenvolvidos posteriormente com animais, comprovando a teoria de que cada sintoma se relacionava diretamente