O mundo de comenius
Em o Queijo e os vermes, Carlo Ginzsburg apresenta a história de Menocchio um moleiro do século XVI que desenvolveu teorias “heréticas” encarnando e refletindo o pensamento moderno de contestação, Alvori Ahlert vai nessa mesma linha resgatando Comenius escritor do século XVI . Alvori Ahlert começa discutindo a crise da modernidade que depois do iluminismo tentou criar uma “unanimidade” em torno de seu pensamento e traz Comenius como um exemplo de contestação de uma ordem, se formos interpretar pela filosofia Marxista podemos notar que a história é feita de Lutas de classes, rupturas e continuidades. Com uma nova proposta pedagógica na transição do feudalismo para o capitalismo, então contextualizando Comenius no pensamento filosófico Europeu, eles vivam sob a orientação da Escolástica (corrente filosófica da Igreja Católica que priorizava a conciliação entre fé e razão, segundo o pensamento Tomista (São Tomás de Aquino)). Neste período histórico começam a surgir às contestações a Igreja Católica fruto da reforma protestante, onde temos um precursor do pensamento reformador João Hus, nascido na Boêmia em 1373, o que gerou uma espécie de “tradição” na Boêmia de contestação a Igreja, Comenius nasce já recebendo essas influencias e em um contexto histórico que propiciou isso ele presencia também uma intensa luta entre Católicos e Protestantes e a Guerra dos Tinta anos. O autor termina ressaltando a contribuição de Comenius para a Didática e sua compreensão de aprendizado, para Comenius a Didática se divide em Didática Tcheca e Didática Magna que estão expostas em principais obras que são “A Didática” e a “Deliberação universal acerca da reforma das coisas humanas”.
O pioneirismo de Comenius se mostra na formulação de um pensamento de transição da pedagogia do feudalismo para uma pedagogia adaptada para o capitalismo, com um ideal de modernidade, o autor assim