Pedagogia da autonomia
Assim, inicia o livro já com a seguinte afirmação: “ é nesse sentido que reinsisto em que formar é mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas”(p.9), além de afirmar que a formação docente vai além do desenvolvimento da habilidade do docente, Paulo Freire critica categoricamente o sistema educacional neoliberalista chegando ao ponto de falar sobre cinismo e conceituar a ideologia desse sistema como “fatalista”. Isso nos leva a um ponto em que direcionamos nosso olhar sobre além da fronteira que está posta entre o discurso e a prática, entre o real e o imaginário, que chegam a momentos de utopia em relação ao ensino. O ponto de vista de Freire é bem claro em todo decorrer do livro: a experiência e a prática em sala de aula, de certa forma, estão distantes do belo discurso dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Onde podemos perceber, mesmo com uma leitura superficial, o que o professor está sujeito a enfrentar: uma luta constante entre “o que fazer” e “como deve ser feito”. Outro ponto destacado em seu discurso, que ele diz não ser imparcial, é a ética e a hipocrisia social em relação às discussões sobre gênero e raça. Remetendo-nos a uma visão de mundo interrelacionada com nossa história. No primeiro capítulo, o pedagogo já é bem enfático quando diz que