Pedagogia da autonomia
Resenha crítica
Esclarecendo alguns pontos
Depois da incrível obra “Pedagogia do Oprimido”, que lhe fez ainda mais conhecido e admirado no espaço acadêmico nacional e internacional, Paulo Reglus Neves Freire também escreveu a esclarecedora obra “Pedagogia da Autonomia”, reunindo nela métodos, práticas e saberes necessários para um bom desenvolvimento para a prática educativa, principalmente para a formação de professores “numa perspectiva progressista”, enfatizando nela a autonomia, o diálogo, a troca de saberes e o aprendizado do educando. Pedagogia da Autonomia, é um livro de 52 paginas, 3 capítulos e 27 tópicos referentes ao processo de ensino , apesar de ser composto por poucas paginas, o texto é rico em orientações para a práticas educativa. No decorre da obra, o autor deixa claro o seu posicionamento sobre todos os assuntos citados, tanto perante a educação neoliberal, suas opiniões políticas, pensamentos ideológicos e a preocupação com os valores éticos e sociais.
Freire inicia o texto declarando que “Não há docência sem discência” (p.12) de modo a explicar que o aluno aprende com o professor e o professor aprende e reaprende com o aluno, “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” (p.25), o professor não é o detentor do saber e da verdade ou “superior, melhor ou mais inteligente, porque domina conhecimento que o educando ainda não domina”.
O professor não deve competir ou inferiorizar o aluno, o professor tem o papel de estimular e instigar a curiosidade e a inquietude do educando, pois para ensiná-lo será preciso que o aluno tenha a vontade de aprender.
“Ensinar”, verbo que durante todo o texto é citado e até mesmo é conjugado, uma das formas que Freire utilizou para explicar que ensinar é “aceitar os riscos do desafio”, é pesquisar, é ser curioso, estar disposto e aberto para o novo, é promover o aprendizado.
No segundo capítulo o autor frisa que