O mundo carolíngio
Sonia Regina de Mendonça
Na Alta Idade Média, a história do Ocidente era representada basicamente pela união entre o romano, o germânico e o cristão. Uma primeira característica disso, no campo econômico é a tendência romana de estender as vilas e tratar a escravidão de outra forma, os germânicos reforçaram isso, gerando um novo campesinato livre na Europa e uma igualdade entre escravos e camponeses livres, tornando todos servos. Fazendo com que a grande propriedade e a pequena exploração familiar convivessem. Outra grande mudança foi a volta da escrita administrativa, uma vez que as ordens e decisões dos poderosos eram transcritos detalhadamente, tornando mais fácil para os historiadores conhecer todo o funcionamento do domínio carolíngio. A primeira característica, a divisão, que era feita em duas metades, uma reserva senhorial, que eram terras cultiváveis, incultas e a corte; esses espaços se originavam ao redor da corte, com diversas construções como celeiro, cocheira, estábulos e capela. E outra os mansos, destinados aos camponeses, que inclusive eram hereditários e livres, maiores e com obrigações mais leves; e servil, que impunha a um escravo tarefas mais braçais e permanentes, apesar dessas diferenças todos deveriam gerar uma renda fixa ao senhor. Um dos pontos mais importantes dessa época é o rumo que a escravidão levou, já que não era própria para as culturas rurais, geralmente, cereais e vinha. Como os escravos tornaram-se desnecessários, a melhor alternativa foi mantê-los retirando seu próprio sustento da terra, com grandes jornadas de trabalho, os que melhor se encaixavam nesse papel eram os camponeses livres dos mansos. Então o interesse desse regime era manter sempre grande mão-de-obra disponível para, quando fosse necessário, trabalhar na reserva senhorial. O comércio da Idade Média também tinha suas particularidades, como o cristianismo condenava o uso de dinheiro só aceitando o que fosse para abastecimento próprio