O monge e o executivo
TEXTO 01
AFINAL QUE SIGNIFICA MUDAR?
(CONCEITO, DINÂMICA, ESTRATÉGIAS RESISTÊNCIAS)
1. MUDANÇA, CONDIÇÃO DE VIDA
Regra Geral, todos os seres humanos deveriam ser “experts” em questões de mudanças. Afinal do nascimento à morte, estamos sempre mudando. E se não tivéssemos capacidade de mudar, simplesmente não poderíamos sobreviver. Tudo na vida supõe mudança. Mas nós não apenas vemos, como participamos do processo, nós nem mesmo temos uma teoria confiável sobre mudança social, e, especialmente, tememos a mudança. Mesmo assim, isso não nos impede de tentar orientar mudanças, de administrá-las, de provocar sua ocorrência, ou de tentar, com muita freqüência, bloqueá-las. Neste texto, pretendemos aprofundar o tema, desde o seu significado, passando pela dinâmica do processo, pelas estratégias de implantação e concluindo com uma reflexão sobre por que e como resistimos às mudanças.
Para os dicionários, a palavra mudança é essencialmente um substantivo que significa “remover, deslocar, tornar-se diferente do que era”, diz por exemplo, o Aurélio para o Webster, mudança significa “tornar diferente, modificar, adotar uma posição, curso ou ação diferente. E implica fazer uma diferença essencial, resultando constantemente na perda da identidade inicial, ou na substituição de uma coisa por outra”. Já Disraeli, num discurso proferido em 1867 dizia que “a mudança é inevitável”.
Num país progressista, a mudança é constante. E Aldous Huxley, no seu “Admirável
Mundo Novo”, ensinava que “toda mudança ameaça a estabilidade. É outra razão pela qual relutamos tanto em pôr em prática novas invenções. Toda descoberta em ciência pura é, potencialmente subversiva; mesmo a ciência deve ser tratada, às vezes, como um possível inimigo”. E o nosso Camões, em “Rimas”, verifica a universalidade da mudança ao afirmar: “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Muda-se o ser, muda-se a confiança; Todo mundo é composto de mudança, tomando