O modo de vida como relação homem x natureza
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Departamento de História
Disciplina: “Geografia Humana, Geral e do Brasil”
Docente: Claudete Barriguela Junqueira
Prova 2: Associar o ITEM 2 “O modo de vida como relação homem x natureza” ao CAPÍTULO 5 “Considerações Finais”, de Norma Abreu Telles in “Cartografia Brasilis”.
A autora empreende uma investigação que demonstra o caráter etnocêntrico dos currículos e manuais de História do Brasil, em pelo menos três aspectos fundamentais: valorização negativa, porque silenciada, esvaziada, de outros espaços e grupos sociais que não os ocidentais; positiva de um grupo e nele centrada; e minimização de aspectos da ação deste último que poderiam parecer criticáveis.
Ao longo da história, o ser humano teve de projetar sua atuação sobre o meio em que ele vive para poder sobreviver. Ele o transforma por meio de seu trabalho. Dessa forma, a organização social do trabalho sempre se pautou pela relação que o homem estabelece com a natureza.
Como afirma Norma Telles, “recortes espaciais diferentes correspondem a modos de vida diferente”1. Dessa forma ao estudarmos a organização da economia nas chamadas “civilizações hidráulicas” da Antiguidade Oriental, ou ao longo da Idade Média européia, passamos por diferentes relações entre o homem e a natureza.
Comumente, entretanto, os manuais de história não apresentam as relações homem-natureza e homem-outros-homens. Silencia-se, portanto, a respeito das relações entre os homens a partir de suas necessidades frente à natureza e ao meio e me que vive.
Há diversas formas de se relacionar com a natureza, sendo que estas formas são decorrentes do modo de produção de determinada sociedade. No capitalismo, por exemplo, a atuação do homem sobre a natureza é de apropriação e depredação.
Isso ocorre devido ao fato de a natureza, no capitalismo, ser apenas mais uma mercadoria. Sua valorização se dá de acordo com a quantidade de riquezas comerciais