Trabalho de ciências políticas

2165 palavras 9 páginas
John Locke e Thomas Hobbes têm posições diferentes sobre o Estado de Natureza e a formação do contrato social. Thomas Hobbes legitima o Estado do Absolutismo, ao defender que, em seu Estado de Natureza, o homem é mau, e devido a isso, em um determinado momento, ocorreria uma “guerra de todos contra todos”, gerada principalmente pelo excesso de liberdade e uma consequente disputa pelo poder. É necessária então a transferência dessa liberdade (Contrato Social) para uma terceira pessoa: esse poder requer atitudes rápidas, originadas do arbítrio de alguém “iluminado”, capaz de organizar a sociedade (rei). Segundo Hobbes, esse Estado centralizado, protecionista, com poder hereditário, não deve ser dissolvido, vítima de revoluções, já que a “bagunça” do Estado de Natureza retornaria.

Já John Locke legitima o Liberalismo, ao afirmar que o Contrato Social deve única e exclusivamente assegurar o direito à propriedade privada. É aí que fica evidente uma das principais diferenças entre os pensadores, pois Locke acreditava que Hobbes estava equivocado nesse sentido. Essas contradições também se manifestam no estudo do Estado de Natureza: para Locke, diferentemente de Hobbes, o homem não é bom nem mau. É através de suas experiências que ele se torna alguém (empirismo). Para o sociólogo, a liberdade do povo deve ser transferida para uma entidade arbitrária escolhida democraticamente, ou seja, o Estado deve ser representativo, democrático, e seus poderes serão divididos em executivo, legislativo e judiciário (regulação dos poderes). Este deve sofrer uma espécie de rotatividade para que não se transforme em tirania. Assim, o governo deve interferir somente na questão da propriedade privada, e não do comércio. Fica evidente então a grande divergência dos pensadores com relação ao Contrato Social e ao Estado de Natureza. O argumento básico de Hobbes era que, no estado natural, ainda que alguns homens possam ser mais fortes ou mais inteligentes do que

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