O mito da desterritorialização: “do fim dos territórios” à multiterritorialidade
Dérick Lima Gomes
O conteúdo do livro inicia com a discursão a cerca da ideia de desterritorialização, decorrente principalmente do processo de globalização – ou mundialização – que o mundo vem sofrendo no decorrer do tempo. Tal processo é ocasionado a partir da fragilização de fronteiras e principalmente pela politica neoliberal, unificando assim: regras, princípios e finalidades da humanidade.
Aborda-se então o “fim das distancias” e consequentemente o fim da geografia na era moderna e, sobretudo a pós-moderna. Entretanto, essas abordagens são utilizadas por especialistas de áreas distintas à geografia. A crítica do autor com relação à refutação do termo desterritorialização, começa com o contexto de que decretar o “fim dos territórios” seria paradoxal. Segundo Haesbaert, (2007) “Sociedade e espaço social são dimensões gêmeas. Não há como definir o indivíduo, o grupo a comunidade, a sociedade sem ao mesmo tempo inseri-los num determinado contexto geográfico, ‘territorial’” (p.20) se opondo ao que define como o mito da desterritorialização. Haesbaert, no decorrer da sua obra cita vários cientistas de outras áreas como a sociologia e filosofia que apontam para argumentos em prol à desterritorialização – mesmo que de maneira não explícita – como previsões da globalização e o fim das identidades territoriais regionais-locais desde Durkheim até Karl Marx. Apontando, entretanto, para os filósofos Gilles Deleuze e Félix Guattari como detentores de uma melhor elaboração teórica a respeito do termo “desterritorialização”. “A maioria dos autores recorre à leitura espacial ou geográfica, a fim de visualizar melhor não a emergência do novo, mas o desaparecimento do antigo” (p.28) crítica Rogério, incentivando-nos a questionarmos também sobre o fato não de uma desterritorialização, mas sim de novas territorializações, reterritorialiazações ou