O mito africano dos iorubas
Para os iorubas, a nelhor representação do mundo é uma cabaça dividida ao meio, uma das metades constituindo o céu (orum, obatalá), e a outra a terra (ayê, odudua). No princípio de tudo, entretanto, não havia a terra e os orixás viviam no orum, ao redor de Olururm, o Senhor do Universo, secundado por Obatalá. Obatalá uniu-se a Odudua e tiveram dois filhos: Aganju, a terra firme e Iemanjá, as águas dos oceanos.
Outro mito diz que a terra era um vasto oceano e os orixás desejam conhecê-lo. Obatalá encarregou Oxalá de descer ao ayê, a metade inferior da cabaça e espalhar o pó preto que formaria a terra firme. Entregou a ele o saco com o pó preto que formaria a terra firme. Entregou a ele o saco com o pó preto e uma galinha. Oxalá então partiu em viagem, mas no meio do caminho sentiu sede. Exú vendo que Oxalá sentia sede ofereceu-lhe vinho de palma e Oxalá bebeu. E bebeu tanto vinho que embriagou-se e caiu em sono profundo. Exú tomou de Oxalá o saco da criação e o levou a Obatalá a quem contou que Oxalá bebera e negligenciara sua tarefa.
Obatalá então, entregou o saco a Odudua que com ele desceu à terra, jogou o pó preto sobre o oceano e tornando-se ela mesma uma galinha, ciscou o pó preto sobre o oceano e tornando-se ela mesma uma galinha, ciscou o pó preto até que se formaram os continentes e toda a terra firme que há.
Essa terra firme é Aganju, filho de Odudua e Iemanjá. Obatalá então criou um grande dendezeiro pelo qual desceram à terra todos os orixás, cada um escolhendo uma parte do mundo que lhe agradava e que passou a ser seu domínio.
Assim, Oxum e Oba escolheram as águas doces. Iansã quis os ventos; Xangô os trovões e a cachoeria;Obaluaiê a terra firme; Nana a lama do fundo dos rios e os abismos; Ogum quis as montanhas e os minérios; Oxossi, as matas e as florestas; Oxumarê, o arco-iris; Ewa os horizontes. Apenas Exú não sabia o que escolher, pois tudo e nada lhe agradava. E considerou-se assim, dono de tudo um