A Resistência da cultura Africana nos rituais de Candomblé Ketu
CANDOMBLÉ KETU
Watusi Virgínia Santiago Soares*
Faculdade Alfredo Nasser watusisantiago@gmail.com Palavras-Chave – resistência – Candomblé - Iorubá
INTRODUÇÃO
Apesar dos primeiros reinos africanos terem surgido a mais de 5 mil anos, a história africana é algo que vem sendo recontada, longe da parcialidade europeia, a pouquíssimo tempo. Tendo em vista que os processos de descolonização datam do meio do século XX para a maioria dos países africanos, a produção de pesquisas sobre África pré-colonização já é extensa.
No Brasil, Kabengele Munanga apresenta uma importante realidade.
Embora pelo menos 45% dos brasileiros/as tenham ancestrais africanos/as, a
África permanece até hoje, mal e menos compreendida do que os outros continentes que deram origem ao povo brasileiro. (IYAKEMI,Prefácio,1996)
Essa deficiência é decorrente de inúmeras construções discriminatórias a cerca do continente que foi se consolidando no seio da sociedade ocidental.
O povo Iorubá, atraves de organizações religiosas manteve ligação, primeiramente espiritual e posteriormente fisica com as viagens de volta, com o continente africano. Ainda hoje, inserido em uma nova lógica, os terreiros de candomblé se encontram na vanguarda pela resistência da cultura africana e afro brasileira. Mesmo com os escassos incentivos do Estado, continuam mantendo uma relação muito próxima das comunidades onde estão inseridos realizando projetos sociais que se remetem a valorização e resgate da cultura afro brasileira.
1
O CANDOMBLÉ KETU COMO PRODUTO DA RESISTENCIA DO
POVO IORUBÁ
As mídias de massa divulgam e constroem informações equivocado que podem ser encontrados também, em muitos livros, alguns com indiscutível importância para a historiografia e que tiveram grande contribuição ao seu tempo, mas que estereotipam o continente colocando o povo africano como meros participes da historia europeia, ou resumem a história africana a