Epoca
http://exame.abril.com.br/noticia/o-resgate-da-motivacao-m004347...
03/10/2002 12:42
O resgate da motivação
Cristiane Mano, de
Não é difícil perceber quando a motivação começa a minguar. As pessoas deixam a empresa na primeira oportunidade. O humor está em frangalhos. Exceder as metas, então... passa longe das prioridades dos funcionários. Esses sintomas passaram a afetar a Credicard, controlada pelos grupos Citibank, Itaú e Unibanco, no fim dos anos 90, após duas grandes cisões. A primeira resultou na criação da Redecard, responsável pelo relacionamento com estabelecimentos comerciais, em 1996. A segunda deu origem à processadora de transações de cartões de crédito Orbitall, em 2000. A prioridade era a definição da estratégia desses novos negócios e o cuidado para que seus talentos não debandassem. No entanto, as mudanças também acertaram a empresa-mãe, responsável por emitir cartões. "Estávamos tão concentrados em fazer as novas empresas darem certo que não calculamos que poderia haver um trauma na Credicard", diz Roberto Lima, presidente do conselho da Credicard. Em 2000, a empresa -- que deixara de ser uma gigante com 3 000 funcionários para ter pouco mais de 200 -registrava um turnover de 40%. Os insatisfeitos somavam 60% do quadro de pessoal. Enquanto os filhotes Redecard e, mais tarde, Orbitall figuravam no Guia EXAME -- As 100 Melhores Empresas para Você Trabalhar, a Credicard amargava um clima interno nada favorável. A grande questão era: como resgatar a motivação? Nos últimos dois anos, a companhia vem empreendendo uma bem-sucedida busca por uma resposta. "O primeiro passo foi descobrir exatamente o que não estava bem", diz Lício Nogueira, vice-presidente de recursos humanos da Credicard. Nogueira e sua equipe começaram mapeando os aspectos determinantes para a motivação (veja quadro). Em seguida, fizeram uma pesquisa para detectar os pontos críticos. Um deles foi a falta de identidade. Depois de tantas