O metodo tradicional
Ao observarmos a questão metodológica e seu percurso histórico, veremos que do século XIX até os nossos dias diferentes metodologias têm se sucedido, com rupturas evidentes em relação às praticadas anteriormente, procurando a adaptação às novas necessidades da sociedade. Ao lembrar o percurso de algumas das metodologias do ensino de línguas estrangeiras, e em particular do Francês, poderemos ver que os objectivos de seu ensino/aprendizagem variaram muito desde o aparecimento da metodologia tradicional.
Também conhecida como metodologia clássica ou gramática-tradição, era utilizada no meio escolar para o ensino do latim e do grego. Em seguida foi aplicada no ensino de línguas vivas. Foi amplamente utilizada na Europa no século XIX e continuou a ser utilizada no século XX. Apesar de ter recebido inuméras críticas por parte de especialisatas no campo da didáctica, é ainda empregada em alguns países e mesmo em algumas universidades. Trata-se de uma metodologia que perdurou durante vários séculos e que contribuiu para o desenvolvimento do pensamento metodológico, segundo Christian Puren.
Um dos objectivos desta metodologia é o de tornar o aluno capaz de ler obras na língua de origem. Um outro objectivo é desenvolver as faculdades intelectuais do aprendiz: a aprendizagem é vista como uma disciplina mental susceptível de desenvolver a memoria.
Esta metodologia se concentra na leitura e na tradução de textos literários na língua estrangeira, o que deixava a competência oral em segundo plano. A língua era concebida como um conjunto de regras e de excepções observáveis em frases ou textos. Nesta abordagem era dada a maior importância à forma literária, e ao que ela veiculava. A forma de língua (formas linguísticas, morfologias, sintaxe) ocupa um lugar importante. Vemos uma língua que tem normas a serem seguidas. A significação dos textos é levada em consideração. A cultura é vista como um conjunto das obras literárias e artísticas realizadas no país.
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