O mestre-escola e a professora
No capitulo “O mestre-escola e a professora”, começa com um trecho da obra do médico Manuel Antônio de Almeida, memórias de um sargento de milícias, onde descreve alguns aspectos de uma aula no Rio de Janeiro no início do século XIX.
Nos trechos apresenta o mestre-escola no seu ambiente de trabalho, com as crianças sentadas, vestidas mais formalmente, cantando a tabuada e o professor com uma palmatória na mão bem atento à erros.
Era o regente da orquestra ensinando a marcar o compasso.
Embora seja estranho a maneira da escola no início do século XIX, pode-se perceber alguns aspectos semelhantes do mestre-escola e o professor de hoje.
O que os distingue e os aproxima? Responder nos força a indagar: o que mudou na história da profissão docente? Ao mesmo tempo, induz a uma segunda interrogação: traços desse ofício tem se mantido? É possível perceber continuidade na configuração dessa atividade?
De fato, o momento da formação dos Estados nacionais no ocidente europeu iria coincidir com o movimento de secularização do ensino. Portugal, embora imerso num processo mais lento em relação à maioria de seus vizinhos, desenvolveria também no final do setecentos e no início do oitocentos uma política de consolidação de um sistema estatal de instrução.
Na instrução primária foram tomadas algumas medidas para unificar o sistema, através de adoção de um método, definição de conteúdos etc. Essas medidas buscavam tornar o ensino único que até então era diversificada porque tinha aula na igreja, em casa, professores particulares entre outros meios.
Quanto à colônia brasileira, a inusitada transferência da Família Real e sua Corte vem colaborar para acelerar um processo que já se encontrava em andamento.
Formas dispersas de ensino e aprendizagem iriam