O mestre-escola e a professora
Em um primeiro momento o texto nos relembra um “mestre-escola” um professor de outrora, que se encontrava por volta do século XIX. E nos faz algumas indagações, como: O que os distingue e os aproxima? O que mudou na história da profissão docente? Traços desse ofício tem se mantido? É possível perceber continuidades da configuração dessa atividade?
Em uma visão geral do texto pode-se perceber que uma profissão quase que exclusivamente masculina tornou-se prioritariamente feminina, sendo que a formação profissional possibilitada por essas escolas teria papel fundamental na luta das mulheres pelo acesso a um trabalho digno e remunerado, mesmo em países europeus e na América, numa época de costumes “vitorianos”, a questão da profissionalização da mulher também era alvo de lutas nem sempre de imediato sucesso. Contraditoriamente por ser livre solteira e desempenhar um trabalho assalariado representava uma constante ameaça aos valores á estrutura famílias, uma mulher que busca sua independência.
O fenômeno de feminização do magistério em Portugal e no Brasil observa que, em finais do século XIX, como o campo educacional expandiu-se a explicação para o processo de desvalorização do magistério possivelmente transcenda a questão simplesmente sexual, podendo ser explicada também pelo fato que o magistério passava a ser uma profissão que atendia á população de baixa renda, desvalorizada por questão capitalista. Esse discurso ideológico vai aos poucos desconstruindo uma visão de mulher pecadora e construindo uma noção de mulher como um ser naturalmente “puro” o novo estatuto social feminino no magistério fez também surgir métodos de controles e discriminação contra as mulheres e enraizar as ideologias de domesticidade e maternagem (reforçados pelo discurso