O menino e seu avô: o papel do idoso na formação da identidade cultural
Reflexão sobre a importância do papel do idoso na formação da identidade cultural
Débora Nunes de Fassio Pezzutti
Trabalho de Conclusão da Disciplina de Cultura Brasileira
Profa. Fabiana Amaral
Curso: Gestão de Projeto Cultural e Organização de Eventos
CELACC - ECA/USP
RESUMO:
Relações Intergeracionais: o que é? Qual é o seu valor para a cultura? O que impede a realização de projetos direcionados às relações intergeracionais? Movido por estas questões, o artigo expõe a distância entre a cultura hegemônica, que focaliza a produção/ produto de consumo, por ser fruto do capitalismo, e a cultura popular, cujo foco está na relação entre as pessoas, convívio social.
Compara a visão capitalista x a visão da cultura popular, sob o ponto de vista de autores como Ecléa Bosi, Quijano, entre outros, buscando compreender o papel dos Idosos na formação da identidade cultural de crianças e jovens.
PALAVRAS-CHAVE: Relações Interelacionais - Cultura Hegemônica - Cultura
Popular - Idoso - Criança - Projeto Cultural
INTRODUÇÃO
A Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das
Expressões Culturais da UNESCO garantem princípios de respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais, de igual dignidade e de respeito por todas as culturas. Entendem que,
“A diversidade cultural constitui grande riqueza para os indivíduos e as sociedades. A proteção, promoção e manutenção da diversidade cultural é condição essencial para o desenvolvimento sustentável em benefício das gerações atuais e futuras.” Palavras como “afirmando”, “ciente”, “recordando”, “considerando” desfilam nesta convenção e, com toda a sinceridade, nos reaviva a chama de esperança em viver num mundo tal qual está descrito neste documento.
Na prática, entretanto, tratamos de complexos contextos sócio-culturais. Um deles diz respeito ao relacionamento dos idosos e dos jovens. Segundo pesquisas
sobre a população brasileira, houve e haverá ainda mais um