maconaria em portugal
Antes de mais é importante fazer a distinção entre o que é ser homem e o que é ser mulher. Por vezes pensa-se que ser homem ou mulher está associado com o sexo do corpo em que nascemos. Mas à semelhança de várias questões que despertam o interesse dos sociólogos, a natureza da feminilidade e da masculinidade não é assim tão fácil de definir.
O género não existe simplesmente, pois como muitos sociólogos dizem “todos nós fazemos o género” nas interacções sociais que estabelecemos com os outros. Entenda-se assim que o género é as diferenças psicológicas, sociais e culturais entre indivíduos. Assim, não sendo um produto directo do sexo biológico do indivíduo, o género está associado a noções socialmente construídas de masculinidade e feminilidade.
R.W. Connell*, sociólogo contemporâneo brasileiro, faz algumas apresentações teóricas sobre o género, onde pretende saber de que modo o poder social influenciado pelos homens cria e mantém a desigualdade de género.
Para Connell, as relações de género surgem como interacção das práticas quotidianas, em que as acções e os comportamentos das pessoas nas suas vidas pessoais estão directamente associados a acordos sociais colectivos na sociedade. Desde modo, os acordos reproduzem-se ao longo da vida e de geração em geração, estando sempre em constante mudança.
As normas e expectativas sociais vão sendo interiorizados progressivamente através do contacto com diversos agentes de socialização, sendo que estes podem ser primários ou secundários.
Os homens e as mulheres têm presentes desigualdades de género uma vez que são socializados diferentes papéis para cada um deles. Os rapazes e as raparigas são como uma espécie de aprendizes dos “papéis sexuais” e das identidades masculina e feminina que os irá acompanhar ao longo da vida.
* Raewyn Connell ( 1994 ); nas obras Gender and Power(1987) e Masculinities (1995)
As influências sociais, apontadas por muitos estudos como a fonte das identidades de género podem fluir