O Meio é a Mensagem
As conseqüências sociais e pessoais de qualquer meio constituem a sua influência, seja ela pelo lado negativo: como o desemprego causado pela automação, ou pelo positivo: como a criação dos papéis que as pessoas devem desempenhar em seu trabalho ou em suas relações com os outros.
A reestruturação da associação e do trabalho humano foi moldada pela técnica de fragmentação, que constitui a essência da tecnologia da máquina. Sendo assim se reafirma o conceito de que qualquer tecnologia seja ela através da reestruturação ou não, pode fazer tudo, menos somar-se ao que já somos.
A “mensagem” de qualquer meio ou tecnologia é a mudança de escala ou padrão que esse meio de tecnologia introduz nas coisas humanas.
O conteúdo desses meios são tão diversos quanto ineficazes na estruturação da forma das associações humanas, na medida em que ele pode nos cegar para a natureza de seus meios.
O conteúdo em si não pode ser considerado bom nem mau, mas é o modo como é empregado que determina o seu valor, quando atinge o alvo certo é considerado bom.
A velocidade com que ocorre essa mudança de uma visão completa sobre o “meio” e a “mensagem” massacra muitas vezes a concepção antiga que as pessoas tinham sobre a forma de absorver o que é transmitido, crises de esgotamento nervoso e mental constituem o resultado dessa inundação provocada por novas informações.
Cada produto que molda uma sociedade acaba por transpirar em todos e por todos os seus sentidos e configuram a consciência e experiência de cada um de nós.
Hoje à medida que ganhamos consciência dos efeitos da tecnologia na formação e nas manifestações psíquica, vamos perdendo toda confiança no nosso direito de atribuir culpas, e ao perder esse “direito” de atribuir culpas a responsabilidade de decidir o nível do efeito que a informação recebida tem na estrutura da sociedade passa diretamente á quem a recebe.