O MAL: uma visão filosófico-teológico-bíblico
Desde o início tão presencial no transcorrer da história da humanidade e mais pertinente nos dias de hoje, em todos os aspectos, conjunturas, cernes das realidades humanas, do universo os dois princípios sucessivamente prélio: o bem e o mal.
O termo “mal” (lat. malun; ing. evil; fra. mal; alem. böse), tem uma multiplicidade de significados tão amplos quanto o seu antônimo “bem”.
Porém, filosoficamente e diferentemente da teologia o “mal” não pode ser visto como extremo, embora o primeiro esteja submisso ao segundo.
Mas o que, certamente, podemos entender a respeito do “mal”?
Na visão filosófica, é admissível compendiar essa multiplicidade em duas hermenêuticas basais em face de esse conhecimento elementar no transcorrer da biografia da filosofia:
a) conhecimento elementar metafísica do “mal” conforme o qual este é: o não-ser ou uma dualidade no ser;
b) conhecimento subjetivo, segundo o qual o “mal”, é o objeto de aptidão negativa ou de juízo negativo.
Os neoplatônicos acolhiam a ideia de que a existência dos “males” acondiciona a dos “bens”, de tal forma que, por exemplo, não existiria justiça se não existisse acometimentos, não existiria verdade se não existisse mentira, não existiria polícia senão existisse ocorrência criminosa, não existiria ensino se não existisse educador, não existiria trabalho se não existisse lassidão ou preguiça, etc.
Já os estoicos sustentavam que os denominados “males” não são verdadeiramente “males”, uma vez que são misteres aos sistemas de ordem-econômico da natureza.
Advoga-se que a assimilação do “mal” com o não-ser é clássica na filosofia cristã. Neste ponto o filósofo/teólogo Hipona, A. (354 – 430 d. C) advoga que: “Nenhuma natureza é mal, e esse nome indica apenas a privação do bem”. (De civ. Dei, XI, 22).
A Escolástica, através do filósofo/teólogo Anselmo (1033/1034 – 1109) acolheu este pensamento agostiniano assim como a escolástica hebraica através do