A RELAÇÃO ENTRE FALA E ESCRITA – REVISÃO DE LITERATURA
CURSO DE FONOAUDIOLOGIA
A RELAÇÃO ENTRE FALA E ESCRITA – REVISÃO DE LITERATURA
Belo Horizonte - MG
Julho/2013
A RELAÇÃO ENTRE FALA E ESCRITA – REVISÃO DE LITERATURA
Comumente, no ambiente escolar, a escrita é tida como a representação gráfico-alfabética da fala. Portanto, aprender o alfabeto significa reconhecer determinados elementos gráficos (letras) que representam sons no mundo físico (fonemas). Ou seja, para o som ‘a’, existe uma determinada letra chamada de ‘a’. Partindo deste pressuposto, aprender a escrever seria, a princípio, aprender a transcrever a fala. Evidentemente, numa escrita alfabética, como é a do português, não se pode negar que há uma relação entre o oral e o escrito. Mas, pensando melhor, percebe-se que pensá-la em termos de representação pura e simples do som pela escrita não dá conta de algumas questões enfrentadas pelos professores na prática de sala de aula. Podem-se citar algumas indagações que demonstram isso: se o meu aluno sabe falar perfeitamente, por que ele não consegue escrever? Ou, então, porque, ao escrever, ele troca determinadas letras?
Ora, se a relação entre fala e escrita fosse apenas uma representação direta – tomando a escrita como um modo de transcrever a fala – as questões levantadas no parágrafo anterior seriam facilmente resolvidas. Se alguém sabe como falar “bem”, não há um esforço muito grande para que ele escreva bem e, fatalmente, tal pessoa não deve “se confundir” escolhendo a letra “errada” para representar certo som. Sabemos, contudo, que isso não é tão tranquilo assim. Então, sob outra perspectiva, como seria a relação entre fala e escrita?
Entendemos que fala e escrita são distintos porque possui cada qual cada qual a sua especificidade – inclusive no que diz respeito à materialidade em jogo: no oral, o material é sonoro; na escrita, é gráfico-visual – e que eles se relacionam na medida em que se encontram nos textos