O mal estar na civilizaçao
Cap1
Nesta obra Freud vem nos mostrar o comum hábito de inversão de valores imposto pelas pessoas, tendo em vista falsos padrões de avaliações onde se é apreciado as riquezas e conquistas deixando de lado os verdadeiros valores vitais. Entretanto, não se pode definir o ser humano apenas neste contexto, sabendo-se que há variações no mundo humano e em sua mente. Grandes homens contam apenas com a minoria da admiração das pessoas, a maioria não importa-se com eles. Porém, as coisas não são fáceis quando existem varias diferenças no que se diz respeito a pensamentos, ações e desejos humanos.
A religião surge como um sentimento peculiar, sem fronteiras, que encontra-se dentro de todos, e que é indissolúvel. Muitos acreditam apenas como algo intelectual, e não desenvolvem sentimento.
O sentimento que podemos estar certos é do sentimento de nosso eu, do nosso ego. O qual nos aparece como algo autônomo e livre, diferentemente demarcado de todo resto. O ego parece ter linhas de demarcação bem claras e nítidas com o exterior. Só há um estado em que ele não se apresenta assim: no auge do sentimento de amor. Neste a fronteira entre o ego e o objeto ameaça desaparecer, na confusão entre o “eu” e o “tu”. Quando há problemas na fronteira entre o ego e o mundo externo, se dá a patologia. O ego desenvolve-se no ser humano, uma criança recém-nascida ainda não distingue o seu ego do mundo externo como fonte das sensações que fluem sobre ela. Aprende gradativamente a fazê-lo, reagindo a diversos estímulos. Assim, dá-se o primeiro passo no sentido da introdução do princípio da realidade, que deve dominar o desenvolvimento futuro. Desse modo, então, o ego se separa do mundo externo. Estamos perfeitamente dispostos a reconhecer que o sentimento oceânico existe em muitas pessoas, e nos inclinamos a fazer sua origem remontar a uma fase primitiva do sentimento do ego.
Ele compara o passado da cidade com o passado da mente e chega à ideia que temos as