mal estar na civilização
O processo civilizatório é marcado pela renúncia e pelo sentimento de insatisfação que os homens experimentam ao viver em sociedade. Portanto, o resultado disso é um mal estar na civilização. Este mal estar é produzido pelo conflito entre as exigências internas individuais e as restrições exigidas pela civilização. Entretanto sem as regras da civilização não existe humanidade. Cada um deve abrir mão dos seus impulsos e realização dos instintos para a convivência “tranquila” em sociedade. O ser humano é pulsão e agressividade. Segundo Freud, “o homem da cultura trocou uma parte da felicidade por uma parte de segurança”. Podemos perceber que antigamente nas culturas, os valores eram bem estabelecidos, no entanto, atualmente não há mais valores ou rumos préestabelecidos a serem seguidos. A família como formadora da individualidade se fragmentou e os laços familiares se tornaram frágeis às exigências do mercado de trabalho. A família atual não constitui mais um núcleo fixo de produção da subjetividade. Todos os indivíduos devem trabalhar se querem viver. Entretanto podemos considerar que nossa ou sociedade atual melhorou muito. A vida tornou se um pouco mais digna as taxas de crescimento da natalidade e o aumento da expectativa de vida demonstram um progresso. A saúde e o saneamento básico já atingem a grande maioria da população mundial. O analfabetismo já não é um problema grave dos países subdesenvolvidos. Há uma maior tolerância à liberdade sexual. A população de hoje usufrui mais e melhor dos bens culturais.
No entanto, o mal estar na civilização não desapareceu. Em nossa época, o mal estar assume novas formas, ela estaria