O lugar da prisão na nova administração da pobreza
RESUMO
TEXTO - O LUGAR DA PRISÃO NA NOVA ADMINISTRAÇÃO DA POBREZA
A cada ano desde 1985 o encarceramento tem gerado gastos nacionais que superam os fundos alocados para o Food Stands e o AFDC, ainda assim, em vista das gestões públicas administrativas não terem sido capazes de propalar de maneira suficiente para obstar a onda de crescimento contínuo de presos convictos, a explosão carcerária levou ao renascimento do encarceramento privado.
A ascensão irrefreável do estado penal norte-americano constitui, por assim dizer, o seu negativo, uma vez que, trás à tona a implementação de uma política de ofertas de trabalho precárias e mal remuneradas na forma de deveres cívicos destinados aqueles que estão cativos na base da estrutura de classes e castas, assim como, a reimplantação concomitante de programas de welfare reformulados com uma aparência mais restritiva e punitiva.
Hodiernamente, o aparato carcerário norte-americano desenvolve um papel contrário aquele que almejava o controle de populações divergentes e dependentes, ele visa o reforço do trabalho assalariado dessocializado.
O encarceramento excessivo sustenta o emprego contingente, que é a linha de frente da flexibilidade do trabalho assalariado nas camadas mais baixas da distribuição de empregos. Além do mais, a disseminação de penitenciárias nos Estados Unidos contribui diretamente para o crescimento e proliferação do trafico ilícito, seja de drogas, prostituição ou produtos roubados, que são a mola propulsora de pilhagem das ruas.
O encarceramento é apenas a manifestação paroxística da lógica da exclusão etnorracial da qual o gueto tem sido instrumento e produto desde a sua origem histórica. O gueto desempenhou o papel de “prisão social”, garantindo, assim, o ostracismo social sistemático de afro americanos e ao mesmo tempo possibilitando o uso da sua força de trabalho na cidade. Com a crise de debilitação do gueto, a prisão preencheu o