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Reflexões : vivências e questionamentos
Depois de quase três meses trabalhando com quatro turmas de faixa etária heterogênea, composta por alunos que tinham suas diferenças, personalidades, fragilidades, interesses próprios e histórias de vida diversas, chegamos a idéia de fazer uma apresentação destinada aos pais e responsáveis, pois eles diziam sentir-se seguros na execução dos movimentos propostos.
Portanto, no dia treze de julho do corrente ano, como culminância do semestre letivo aconteceu, a I Mostra de Ginástica Artística da escola em questão. Com a presença expressiva dos convidados, apesar de acontecer em dia e horário comercial de trabalho, que vieram à escola com o intuito de prestigiarem seus filhos, sobrinhos, netos; crianças que participaram das aulas em que ministrei a iniciação a tal modalidade esportiva.
Os alunos, com idade entre cinco e doze anos, mostraram-se, durante todo o trimestre e na própria apresentação, participativos, orgulhosos de seus progressos individuais e felizes por terem a oportunidade de mostrarem aos seus pais e familiares, aquilo que ‘aprenderam’ nas aulas de educação física.
Ao analisar todo este período, continuo me perguntando se não teria sido mais ‘adequado’ ou ‘politicamente correto’ o ensino de uma modalidade esportiva da cultura popular? Só mesmo vivendo é que podemos responder a esses questionamentos, entretanto consigo avaliar como positiva esta experiência pois oportunizar aos nossos alunos a possibilidade de conhecer , vivenciar e se apropriar de movimentos, comportamentos e conhecimentos anteriormente distantes deles e por conseguinte não-existentes para eles é, ao meu ver, um ganho, uma superação. As palavras de Touraine (1997, p.233) corroboram tal fato, ao