O livre arbitrio
não é mais que a religião,
e, inversamente,
a verdadeira religião
não é mais que a
verdadeira filosofia.”
“Ninguém entra no céu,
a não ser por meio da filosofia.”
Escoto Eriúgena
Introdução
Neste presente trabalho quero expressar o pensamento de um grande filósofo da Patrística chamado Agostinho sobre o Livre-Arbítrio. Vamos estudar um pouco sobre o pensamento agostiniano e suas influências, veremos um pouco do maniqueísmo e o que levou Agostinho a escrever esta obra tão importante como o Livre-Arbítrio, afinal o homem é realmente livre para fazer o que bem quiser e o mal é ensinado ou uma deficiência ou ausência do Bem na alma? Tentaremos, portanto expor aqui a resposta deste ilustre pensador a essas perguntas e outras mais. Falaremos também de forma muito sucinta nas entrelinhas deste trabalho a visão de Agostinho sobre a graça que para ele é o que impede que o homem se entregue ao mal (pecado) que é presente no homem como sendo uma inclinação natural por causa do pecado original de Adão. Da mesma forma veremos um pouco sobre a questão moral a respeito do mal e a vontade e a liberdade do homem para escolher o que bem quiser. No primeiro capítulo veremos o que é o maniqueísmo seu provável fundador e o que eles creem, o mal na visão maniquéia como sendo algo presente no homem, veremos também Agostinho maniqueísta e como ele se converte ao cristianismo e deixa essa seita. No capítulo segundo será exposto de forma breve a questão sobre o problema do mal que é para ele uma questão metafísica, ou seja, o mal é uma ausência do bem, e veremos também a questão do livre-arbítrio da vontade no homem. Por fim no capítulo terceiro será exposto sobre a graça e o pecado, o mal como sendo uma questão moral e por fim a liberdade no homem. Boa leitura!
Capítulo Primeiro
Agostinho e o maniqueísmo
1. QUE É O MANIQUEISMO ?
O maniqueísmo é uma filosofia religiosa