O liberalismo político
Assim como o Liberalismo Econômico, o Liberalismo Político ganhou força no século XVIII, embora o início da formação de suas idéias centrais remonte à transição do feudalismo para o capitalismo. O chamado Estado Liberal começa a se formar devido a um contínuo e progressivo desgaste do poder real e, por conseqüência, do modelo político absolutista.
Entende-se por Liberalismo Político o pressuposto filosófico de que o os seres humanos têm por natureza certos direitos fundamentais, como odireito à vida, à liberdade e à felicidade. Cabe ao Estado respeitar, e não invadir esses direitos. Ou seja, o liberalismo é uma doutrina que limita tanto os poderes quanto as funções do Estado; os Estados teriam os poderes públicos regulados por normas gerais e seriam subordinados às leis.
Os princípios fundamentais do liberalismo incluem a transparência, os direitos individuais e civis, um governo baseado no livre consentimento dos governados e estabelecido com base em eleições livres – o que geralmente significa um sistema de governo democrático – e igualdade da lei e dos direitos para todos os cidadãos.
Esta doutrina de pensamento acabou virando inevitavelmente burguesa, uma vez que a pequena burguesia e parte da burguesia tradicional viram nela uma premissa filosófica contra o absolutismo, que não os satisfazia.
Entre os pensadores originais desse tipo de liberalismo estavam iluministas como John Locke, Montesquieu e Anders Chydenius. O Liberalismo Político – assim como o Econômico - também inspirou diversas revoluções como a Revolução Puritana, a Revolução Gloriosa, a Revolução Liberal do Porto, a Revolução Americana e a Revolução Francesa.
John Locke, o pai do Liberalismo
Muito se fala em Adam Smith como o pai do liberalismo – com base no fato de que, em 1776, ano da Revolução Americana, ele publicou seu clássico A Riqueza das Nações. Mas quase cem anos antes dele, em 1689, John Locke publicou seu não menos clássico Dois Tratados