O Kongo e os Portugueses
Em fins de 1482 ou princípios de 1483 que Diogo Cão chegou com a sua armada à enorme foz do Rio Zaire, a que primeiro chamou Rio do Padrão, por ali ter colocado um de pedra, assinalando a chegada dos portugueses. Não tinha intérprete para compreender os naturais, mas conseguiu perceber que lhe diziam ser senhor daqueles povos um rei muito poderoso, que tinha a sua corte a muitos dias de caminho dali, para o interior do país. Por isso, enviou alguns mensageiros a saudarem tal rei, e ficou à espera deles na povoação chamada Mpinda. Passados alguns meses, vendo que eles não regressavam, decidiu regressar a Portugal, mas trouxe consigo quatro pretos, com a intenção de lhes ensinar português e outras matérias da civilização europeia, a fim de servirem de intermediários numa segunda viagem.
O estudo do processo de escravização dos povos africanos é essencial para que se compreenda a situação atual de desigualdade no planeta. Revela uma longa história de exploração e subjugação de populações fragilizadas por outras, mais equipadas. Demonstra também que a desestruturação econômica e cultural tem efeitos desastrosos de longa duração.
Crê-se que a ilha de S. Tomé foi descoberta (ou achada - alguns autores consideram que existiria uma população nativa: os Angolares) a 21 de Dezembro (dia de S. Tomé) de 1470 pelos navegadores João de Santarém e Pêro Escobar que, a mando do Rei D. Afonso V de Portugal, exploravam a costa ocidental africana. Situa-se a descoberta da ilha do Príncipe a 17 de Janeiro de 1471. O povoamento do arquipélago por colonos portugueses iniciou-se em 1485 por João de Paiva, a quem D. João II havia doado a ilha. Os primeiros colonos desembarcaram em Ana Ambó e estabeleceram-se na costa norte da ilha, fundando uma povoação na Baía de Ana Chaves.
O Kongo e os Portugueses
Diogo Cão regressou em 1485 ao Kongo, trazendo os homens que havia levado e que vinham satisfeitos do tratamento que haviam recebido em