O Messianismo
O Messianismo implica na vinda ou no retorno de um ser divino enviado por uma Divindade, que virá libertar a Humanidade. O termo ‘messias’ vem do hebraico mashiah e do grego christós. Ele é uma entidade com poderes e tarefas que deve mobilizar a favor de um grupo ou de um povo subjugado. Em um sentido mais amplo, usa-se também esta expressão referindo-se a alguém investido de uma missão sagrada, nem sempre com a conotação devida. Observa-se ao longo da história e na literatura universal a presença constante de um certo messianismo, como no Sebastianismo em Portugal, com ecos no Brasil, que influenciou movimentos como o de Canudos e do Contestado, o Ciclo do Rei Artur na Bretanha e de uma forma menos evidente na “Mensagem”, de Fernando Pessoa. Fenômenos como a revolta sertaneja liderada por Antonio Conselheiro em Canudos, com aspectos claramente messiânicos, ocorrem em momentos de crise política, quando o povo fica a mercê de suas próprias crenças e esperanças. Então emerge o arquétipo do ‘messias’, o aguardado salvador, que vem socorrer o Homem justamente nos períodos de desespero e dor, quando o mundo, ou pelo menos o micro-universo de um povo é abalado de tal forma que parece se aproximar do Juízo Final. Este Messias vem derrotar as forças do Mal, e traz consigo a Perfeição e o Paraíso na Terra. Ele pode ser um líder religioso, político e social, se estiver impregnado das características necessárias, tais como poderes mágicos, carisma e uma autoridade natural.
Neste trabalho abordaremos também sobre Kimpa Vita Kimpa Vita foi uma profeta feminina popular no reino do Congo, uma precursora das figuras proféticas das igrejas independentes e a criadora de um movimento que utilizava os símbolos cristãos, mas revitalizou as raízes culturais tradicionais do Congo.
A ORIGEM DO MESSIANISMO Messianismo é um fenômeno social, geralmente de cunho