O Jogo do bicho e a prostituição

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
FACULDADE DE DIREITO
DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA PÚBLICA

Disciplina: Oficina do texto
Professores: Rômulo Labronici e Victor Hugo Barreto
Aluno: Akhenaton de Souza Brasil

O Jogo do bicho e a prostituição masculina no contexto da segurança pública

É impossível encontrar um carioca, principalmente "carioca suburbano" que não conheça o jogo do bicho, a maioria adora fazer uma "fézinha", faz parte da cultura carioca, a possibilidade de ganhar um "dinheirinho" extra funciona como amenizador das mazelas do cotidiano, mas também pode ser a própria mazela quando o cidadão se torna um viciado no jogo.
No aspecto criminológico existe um extenso debate sobre a criminalização do mesmo, atualmente descrito na Lei de Contravenções Penais, a intenção dos juristas é que o jogo do bicho passe a ser crime numa possível reformar do código penal, devemos concordar que não se deve analisar o jogo do bicho como uma simples contravenção penal, seria um erro considerar apenas a historicidade, romantismo e todo o folclore que envolve o jogo desde a década de 40.
O fato é que o jogo do bicho atrai toda espécie de crimes, tais como, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, homicídios. Na minha visão, a pior parte do lado negro do jogo do bicho fica por conta do envolvimento das "instituições de segurança pública", o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro após meses de investigação na "Operação Catedral", agosto de 2012 desmontou um dos muitos esquemas de propinas recebidas por policias militares e civis, relacionados ao jogo do bicho.
A conivência policial fortalece o jogo, não haveria jogo do bicho, se a polícia cuidasse do seu papel de repressão, reprimindo os jogos não seriam feitos, os "banqueiros" não receberiam dinheiro e sem dinheiro seria impossível a manutenção do jogo.
Acredito que há envolvimento de corruptos do alto escalão, políticos, delegados, promotores e afins, porém, não sou investigador e para não entrar em